Pensamentos sobre os exercícios do olhar

Sobre as imagens que estão começando a surgir no site: https://pibid.milharal.org/category/fotografia/

Uma das questões que tem movimentado meu pensamento em minha prática como professor na universidade, é de que forma podemos apreender e captar os saberes e a novidade trazida por cada aluno. A universidade, como toda instituição, é um universo cheio de códigos próprios. Nela, algumas formas de enunciação, suas linguagens e formas de pensamento são mais incentivadas e reconhecidas do que outras. Cada instituição é marcada por formas próprias de comunicação. Em se tratando de uma instituição voltada para a promoção do conhecimento, a criação de mecanismos que permitam o encontro entre diferentes saberes e formas de expressão com aqueles conhecimentos que gozam de maior centralidade na instituição, pode contribuir para o surgimento de uma ecologia mais diversa. A possibilidade de inovação e ação criativa no interior de qualquer instituição depende de uma capacidade de relacionar suas dinâmicas internas com o meio externo. Por vezes, tenho a impressão que a não abertura para outras formas expressivas no trabalho com os estudantes gera epistemicídios – a perda/morte de outros saberes (expressão do Boaventura de S.Santos). Como acolher outros saberes que são frequentemente silenciados pelos códigos dominantes no interior de uma instituição? Como proporcionar um encontro positivo entre esses diferentes saberes de maneira a criar novos conhecimentos, tanto acadêmicos quanto existenciais? Sinto que as imagens que estão começando a surgir no site estão dando novas pistas para essas questões, rastros de novos caminhos a serem investigados.