Oficina “Identidade e Consumo”

Interessadas em desenvolver um tema que se colocasse, ao mesmo tempo, próximo da realidade dos alunos e inserido no ambiente escolar, escolhemos trabalhar com o tema da formação das identidades. Partindo do pressuposto de que a educação deve ser crítica, de modo a fornecer elementos para a ampliação das reflexões acerca da realidade, contextualizamos a formação da identidade jovem em associação ao consumismo presente em nossa sociedade, e especialmente, no cotidiano de nossos alunos.

Trabalhamos com alunos do 2º ano do Ensino Médio (turma A), e decidimos utilizar a publicidade como forma de mobiliza-los em torno do tema ‘consumo’, através da apresentação de algumas propagandas de produtos que normalmente eles consomem. Após a exibição das propagandas, discutimos principalmente dois temas: a construção da imagem nas propagandas (sempre relacionada ao consumo dos produtos) e a formação e reprodução de esteriótipos sociais (por exemplo a mulher realizando trabalhos domésticos e o homem dirigindo).

Após uma breve discussão sobre formação de identidade, pedimos aos alunos que produzissem ou trouxessem imagens de objetos que tivessem ligação com a suas identidades para que trabalhássemos com eles no segundo encontro que realizaríamos. Poucos alunos trouxeram as fotos, mas como já esperávamos por isso, levamos uma câmera para a sala e tiramos as fotos na mesma hora; o que resultou no seguinte ensaio fotográfico: 

No encontro seguinte, iniciamos a discussão sobre ‘contrapropaganda’ , que se trata da inversão da lógica da propaganda: enquanto a propaganda se utiliza de recursos (muitas vezes fantasiosos) para vender, a contrapropaganda mostra a realidade; enquanto a propaganda se utiliza de esteriótipos, a contrapropaganda os desconstrói. Para facilitar o entendimento dos alunos, exibimos algumas contrapropagandas e realizamos um debate, no qual os estudantes apontaram mais uma serie de propagandas que estavam ligadas a construção direta de identidade e fomos desconstruindo-nas juntos.

Mostramos também, imagens do projeto “The bubble Project” que utiliza a intervenção de pessoas em propagandas impressas, como forma de transformar a imagem em contrapropaganda. Como a imagem a seguir:

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Terminamos a oficina fazendo um apanhado das discussões feitas nos três encontros que tivemos, e evidenciando mais uma vez o objetivo da oficina. Propusemos a elaboração de um trabalho que poderia ser feito de forma livre, seguindo os seguintes passos:

Primeiro os alunos deveriam se dividir em grupos e cada grupo deveria escolher um objeto para pensar a questão propaganda-identidade-consumo. Os alunos foram convidados a seguir a mesma lógica de desconstrução desses objetos assim como fizemos conjuntamente nas oficinas.

Depois disso, os alunos deveriam criar uma contrapropaganda utilizando esse mesmo objeto, em forma de vídeo, de colagem, de fotografia, ou qualquer outro modo desejado, para apresentação no último encontro da oficina.

O último encontro que realizamos foi destinado à apresentação das contrapropagandas realizadas pelos alunos. Infelizmente apenas dois grupo compareceram, devido ao fato de todos estarem praticamente de férias. Seguem as duas contrapropagandas produzidas pelos alunos:

http://www.youtube.com/watch?v=yPsW4t3nJOc&feature=youtu.be

 

http://www.youtube.com/watch?v=-zWJnIBtQKA&feature=youtube_gdata

 

RELATÓRIO DA OFICINA “OS SONS DO PIMENTAS”

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Uma das mais instigantes tarefas do ensino do Sociologia no Ensino Médio é fazer com que os alunos associem os conhecimentos teóricos e metodológicos às suas práticas cotidianas. Com esse pressuposto em mente, tratamos da temática da cultura com os estudantes do 2o ano E.

Como a cultura é um termo demasiado amplo, a música foi o segmento escolhido para desenvolvermos nosso trabalho, mais especificamente discutir o gosto musical dos alunos. A oficina teve como objetivo produzir um programa de rádio no qual os alunos fariam um mapeamento dos sons que ouvem em seu bairro.

A ferramenta utilizada para realizar a oficina foi o Podcast, que é um arquivo de áudio transmitido via internet. No programa “Os sons do Pimentas”, os alunos fizeram um mapeamento dos sons do bairro e fizeram uma espécie de roteiro que teve a finalidade de mostrar os ambientes musicais que há no bairro, além de conversarem sobre suas impressões acerca do tema, como seus próprios gostos e também sobre o que falta no bairro em termos de ambientes culturais.

Neste contexto, ao tratar de um tema que apresente elementos estéticos com a música, avaliada a partir do conhecimento sobre Indústria Cultural, tivemos o intuito de incitar os alunos a refletirem sobre seus próprios hábitos, proporcionando a eles uma visão mais crítica e emancipatória no que se refere aos ditames da cultura de massa).

O nosso objetivo principal foi incitar a reflexão dos alunos acerca da presença da indústria cultural na vida cotidiana, de modo que eles conseguissem compreender como se dá a dinâmica do sistema capitalista na produção de bens de consumo relacionada à produção cultural (cinema, música, teatro, imprensa etc) que tanto influencia os gostos e sugere comportamentos. Pensamos em outros objetivos para que a realização da oficina fosse respaldada por um referencial teórico adequado ao tema; assim, objetivamos:

  •   Apresentar o conceito de indústria cultural;
  •   Fazer com que os alunos analisem o tema de forma crítica e embasada em conceitos sociológicos;
  •   Diferenciar o conceito de cultura popular e cultura erudita;
  •   Refletir a respeito da produção em massa;
  •   Discutir o papel da cultura popular face à massificação. Ex. a diferença de uma obrapopular de samba, forró ou sertanejo e comparar com as produções atuais de pagode,forró e sertanejo universitário;
  •   Fazer com que os alunos reflitam sobre suas próprias práticas e visualizem a influênciada indústria cultural.
  1.  Link para visualizar o relatório completo: PIBID relatório
  2. Link para vizualizar o mapeamento dos sons dos Pimentas: https://pimentalab.crowdmap.com/

Captura de Tela 2013-08-26 às 23.36.59

Fotos da realização do podcast:

DSCN0181gravação podcast

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Aula realizada durante a oficina:

aula

Graficos:

 

 

Captura de Tela 2013-08-26 às 23.36.29Captura de Tela 2013-08-26 às 23.36.45

 

é na cidade que se movimenta (?)

É com grande satisfação que viemos relatar a finalização das oficinas do PIBID Ensino de Sociologia da Unifesp Campus Guarulhos. Neste post serão apresentados os trabalhos finais desenvolvidos pelos(as) estudantes do 3°A da E.E. Maria Aparecida Rodrigues localizada no Bairro dos Pimentas/Guarulhos. O relatório completo do projeto está disponível para DOWNLOAD.

Na oficina “é na cidade que se movimenta(?)” o tema abordado foi “Movimentos Sociais”. Este tema é previsto na base curricular dos 3° anos do Ensino Médio para disciplina de Sociologia, e como a proposta do PIBID é pensar novas práticas educativas no cotidiano escolar, avaliamos que seria importante trabalhar com o repertório que milhares de educadores da rede estadual de São Paulo tem de lidar no seu dia-a-dia afim de multiplicar as ações realizadas em nosso projeto e de não torná-lo impossivel ou estranho a realidade escolar.

Em linhas gerais, tratamos do tema movimentos sociais através de um movimento que dialogasse com a realidade desses estudantes, que no caso foi o Movimento Passe Livre, movimento secundarista, portanto da juventude e que trata do transporte coletivo, elemento concreto na vida dos estudantes. Foram trabalhados os conceitos de classes sociais, luta de classes, cidadania, Estado, democracia, mobilidade urbana e direito à cidade.

Porque oficina e não aula? Em nossos debates coletivos sobre o cárater do projeto, colocamos como algo fundamental priorizar a produção do conhecimento pelos(as) educandos(as). A proposta foi de criar uma prática pedagógica que fomentasse ações criativas, autonomas, coletivas e reflexivas sobre o território em que vivem os jovens. Acreditamos que somente as aulas expositivas e exercícios de assimilação não seriam suficientes para dar significado aos conceitos ali construídos e, portanto, teríamos dificuldades para relacionar a sociologia com a realidade deles(as), criando um abismo entre teoria e prática social.

Aqui está a ementa do passo-a-passo que fizemos. E abaixo a produção dos mini-documentários sobre o transporte coletivo de Guarulhos e São Paulo e o dialogo com o Passe Livre.

Gostariamos de agradecer publicamente todo o esforço e engajamento dos(as) estudantes e parabeniza-los(as) pelos trabalhos incriveis que criaram!! Um grande salve a todos e todas estudantes guerreirxs!

Video 1: http://www.youtube.com/watch?v=_DwxmcjO3IQ&feature=youtube_gdata

Video 2: http://www.youtube.com/watch?v=01jiGRNHbtA&feature=youtu.be

Video 3: https://www.youtube.com/watch?v=wf5m9siieQw

Relato Quarta Intervenção 3°A – Guilherme e Danielle – 26/07

Desde o terceiro encontro com a turma, houve um intervalo de uma semana, pois na Escola seria relizado o “Provão” e assim não teriam as aulas regulares. Desse modo, nosso ultimo encontro ficou para esta data o que foi positivo ja que os estudantes tiveram mais tempo para a realização do material.

O objetivo do ultimo encontro era a discussão dos trabalhos produzidos pelxs estudantes como também retomar a discussão sobre os conceitos de Estado, Movimentos Sociais e Cidadania articulando com a presente conjuntura que traz a tona a questão  a mobilidade urbana e o direito à cidade, com os protestos do MPL.

Dessa forma, a fim de disparar o debate sobre a conjuntura das manifestações, exibimos o seguinte vídeo “Globo e os protestos” (https://www.youtube.com/watch?v=UiVDtWb7K48) que fala sobre a divisão entre esquerda e direita e as mobilizações sociais. A partir de sua exibição constatamos que a maioria da sala já tinha assistido e que o vídeo foi bem recebido. O debate foi em torno das experiências que estes estudantes viveram nas manifestações e todo o arsenal teórico que discutimos ao longo das oficinas. Não houve objeção com o que foi falado no vídeo, mas tinha-se muitas dúvidas sobre o apartidarismo x antipartidarismo assim como a questão do “vandalismo”.

Assim, começamos a explorar essas dúvidas analisando o modelo de democracia representativa, algumas características da nossa ditadura militar conjuntamente com a militarização da polícia, além de sempre tentar explicitar os principios do Movimento Passe Livre referente a horizontalidade e apartidarismo na construção de suas ações com o povo.

Os relatos feitos pelos estudantes demonstrou que estavam preocupados com a despolitização genérica dos que sairam as ruas após o ato do dia 13/junho, onde teve a ação da policia militar de maneira mais truculenta e repressiva.

Foram apresentados três mini-documentários feitos por fotos e vídeos. Todos eles sempre questionando a qualidade do transporte coletivo, questionaram o financiamento público para as grandes empresas de onibus, apontaram a questão da tarifa zero e as mobilizações de rua como apontamento para transformação desse tranporte que não supre as necessidades do usuário.

Grupo 01: http://www.youtube.com/watch?v=01jiGRNHbtA&feature=youtu.be

Grupo 02: http://www.youtube.com/watch?v=_DwxmcjO3IQ&feature=youtube_gdata

Grupo 03: https://www.youtube.com/watch?v=wf5m9siieQw

Ao final da exibição dos filmes pedimos que avaliassem a nossa metodologia e todo o conteúdo que foi trocado com eles. Nas falas, os apontamentos foram que a realização do documentário foi positiva, que muitos ali nunca tinham gravado ou fotografado sua realidade e que isso foi muito pedagógico e fez com que discutissem e percebem mais sua realidade. A questão que ficou para nós oficineiros foi que a produção audiovisual fez com que xs estudantes se engajassem mais para entender os conceitos como também há uma grande vontade por parte delxs de serem protagonistas das possiveis narrativas de sua região e que este exercicio fez com que discutissem sobretudo o elemento midiatico frente a toda essa conjuntura também.

 

Relato Segunda Intervenção 3°A – Guilherme e Danielle – 12/06/2013

No dia 12 de junho de 2013 realizamos o segundo encontro da oficina do PIBID com o 3º A. Nesta oficina realizada pelo grupo dos alunos da UNIFESP, Guilherme e Danielle, foram apresentados métodos de linguagem fotográfica com intuito de aprimorar o registro de imagens para a construção dos documentários.

Na fotografia, a linguagem está relacionada as características pelos quais a fotografia existe. Para chegar a seu objetivo, necessita transpor um complexo processo técnico; e é este processo a base da linguagem fotográfica. A base técnica da realização da fotografia determina os elementos da linguagem. O estudo da linguagem decorre da necessidade de “dizer” alguma coisa e é proveniente de um processo de experimentação dos recursos colocados à disposição da fotografia pela técnica.

A distinção entre os planos não é somente uma diferença formal, cada um possui uma capacidade narrativa, um conteúdo dramático próprio. Na oficina explanamos cada plano, usando a nomenclatura cinematográfica para, didaticamente, facilitar as definições dos enquadramentos ajudando seu estudo. Os planos se dividem em três grupos principais: os plano gerais, os planos médios e os primeiros planos.

Nesta oficina, os alunos do 3ºA trouxeram suas primeiras fotos e, a partir delas, discutimos as técnicas. Foi um encontro muito produtivo. Os alunos participaram ativamente, trazendo suas produções fotográficas e, fazendo perguntas em relação do “como filmar”. Deixamos a produção fílmica de forma livre, de modo que os alunos pudessem realizar suas atividades a partir dos questionamentos teóricos sobre a mobilidade urbana, e de suas produções conforme as técnicas explanadas da fotografia. Foram feitos três grupos. Cada grupo suportaria de 05 a 07 alunos. A partir desses grupos teríamos a produção de três documentários sobre a mobilidade urbana na cidade de Guarulhos.

Gustavo O governador Geraldo Alckmin, Inaugura o Terminal Metropolitano CECAP da EMTU, onde decerra a placa inaugural

Foto de Gustavo                                                    Foto de Jacqueline

Fotos de Daniela

Fotos de Debora

Fotos de Leandro

Fotos de Mayara

Relato da Oficina Identidade e Consumo- 14/06

A oficina realizada dia 14 de junho, teve como conteúdo principal a contrapropaganda.
Na primeira oficina, apresentamos para os educandos a relação entre a propaganda, a criação da identidade e o consumo. A ideia do terceiro encontro, era utilizar o conhecimento que foi gerado nos encontros anteriores e adicionar a discussão a contrapropaganda como elemento que visava quebrar a lógica construída com a propaganda, evidenciando seu caráter supérfluo e seu objetivo único de idealizar um produto de modo que o faça parecer essencial para o público alvo que deveria consumi-lo.

Nosso encontro aconteceu na mesma semana em que os protestos por conta do aumento da tarifa estavam acontecendo em São Paulo. Enquanto nós montávamos o material que seria usado na oficina, perguntamos aos alunos o que estava chegando até eles sobre a manifestação, quais eram as informações as quais eles tinham acesso e também qual opinião deles e das pessoas que estavam em volta deles sobre o tema. Ouvimos um pouco do que eles tinham a dizer, compartilhamos o depoimento de quem estava lá ou de conhecidos que estavam lá, e depois de conversar um pouco sobre isso, demos início à oficina.

Iniciamos a oficina com a apresentação de uma sequência de dois pares de vídeos que contavam primeiro com uma propaganda e em seguida com uma contrapropaganda baseada no primeiro vídeo. O primeiro era uma propaganda da Coca-Cola, em que eram usadas comparações completamente desconexas para criar um cenário em que consumir a Coca-Cola parecia fazer com que a vida ficasse de fato mais bonita. A contrapropaganda que veio em seguida, da mesma forma, foi montado em cima de comparações, mas dessa vez comparações duras e realistas, e dizia ao fim que o único objetivo daquilo tudo era vender o refrigerante. A outra sequência de vídeos, era uma propaganda do chocolate kit-kat, em que uma rotina cansativa poderia ser suavizada com o consumo de um kit-kat. O vídeo da contrapropaganda, representava o chocolate como o dedo de um orangotango,  denunciando a compra de óleo de palma de empresa que desmatavam florestas que eram habitat dos orangotangos.

Depois de mostrar os vídeos, conversamos sobre quais eram as impressões que eles tiveram sobre os vídeos e os objetivos da contrapropaganda.

Em seguida, mostramos um vídeo que compilava fotos de editoriais de revistas de moda em que a mulher aparecia sempre como indivíduo subjugado e o homem sempre como indivíduo dominante. Depois da série fotográfica em que as mulheres apareciam assim, o vídeo colocava fotos de homens ocupando o papel em que nas fotos anteriores era representado pela mulher, tendo cabelos puxados, usando pouca roupa, tendo a mulher como indivíduo dominante na imagem, etc. A partir desse vídeo, iniciamos uma conversa que discutiu a propaganda como forma direta ou indireta da construção da identidade.

Depois desse vídeo, os estudantes apontaram mais uma serie de propagandas que estavam ligadas a construção direta de identidade, principalmente de propagandas que sempre relacionavam a questão da limpeza com a imagem da mulher, propagandas de carros com a figura masculina, propaganda de maquiagem, etc.

Mostramos também, imagens do projeto “The bubble Project” que mostra a intervenção de pessoas em propagandas impressas, como forma de transformar a imagem em contrapropaganda.

Terminamos a oficina fazendo um apanhado das discussões feitas nos três encontros que tivemos, e evidenciando mais uma vez o objetivo da oficina e o propósito do trabalho que nós pedimos que eles elaborassem em grupo, que poderia ser feito de forma livre, pensando a questão propaganda-identidade-consumo para posteriormente a criação de uma contrapropaganda que inverta essa lógica.

Relato da Oficina Identidade e Consumo- 07/06

A oficina realizada no dia 07 de junho teve como intuito, uma breve revisão, pois devido à Greve docente ficamos algumas semanas sem ir à escola.

Primeiramente revisamos conteúdos de propaganda trabalhados na oficina anterior, associando as lembranças que os alunos tinham e a repetição do material anteriormente utilizado.

Em seguidas iniciamos uma atividade com as fotos que haviam sido pedidas para os alunos anteriormente. Já esperando que poucos levassem as fotos, levamos uma câmera para tirar fotos na hora. Ao abordar os alunos, perguntávamos “entre os objetos que você tem aqui, qual representa melhor sua identidade?” A partir dos objetos apresentados pelos alunos e fotografados por nós iniciamos um breve debate sobre a os objetos enquanto componentes da identidade.

Em seguida, perguntamos a cada aluno o motivo pelo qual os objetos apresentados eram componentes de suas identidades e cada um explicou seus motivos. Feito isso, iniciamos um novo debate com a intenção de tratar da apropriação feita pelas marcas e pela publicidade dos objetos que usualmente compõe a identidade jovem.

Juntos refletimos sobre a construção da imagem do jovem através de alguns objetos específicos e da comercialização destes objetos, que gera o consumismo entre eles. Além disso, realizamos também algumas discussões sobre a imagem vendida através das propagandas e a imagem real dos que consomem os objetos.

Com isto, demos conta, neste momento de realizar uma reintegração de todos nós à oficina, além de desenvolvermos o tema da construção de identidade e da publicidade voltada justamente para estes jovens; contando ainda com a produção das fotografias como material desta discussão.

 

Relato Terceira Intervenção 3°A – Guilherme e Danielle – 05/06/2013

No terceiro encontro com o 3°A tivemos alguns imprevistos como o acesso aos equipamentos audiovisuais. Estes iriam ser retirados na UNIFESP, porém houve uma falta de comunicação entre equipe PIBID e funcionários do TI o qual impossibilitou o empréstimo do datashow. Com isso, teriamos que conversar com a escola, a qual tinha um problema com os equipamentos na semana passada.

A coordenação pedagógica não se encontrava na sala e isto fez com que demorasse para a resolução do impasse referente ao equipamento necessário para a sala de aula como também se poderiamos ou não utilizar a sala de vídeo. Na procura da responsável ficamos ao menos com 20 minutos de atraso para começar a atividade. Com muita insistênsia conseguimos a sala de vídeo para realizar a oficina.

O objetivo da atividade era exibir o filme “Impasse” produzido em 2010 referente as manifestações do Movimento Passe Livre em Florianópolis, ainda neste filme contamos com inumeras entrevistas dentre as quais temos como foco a de Lúcio Gregori, elaborador do tarifa zero para cidade de São Paulo no mandato da prefeita Luiza Erundina. O intuito portanto era apresentar a experiência do MPL em outro Estado e colocar em debate o que estava acontecendo em São Paulo recentemente.

Dessa forma, o filme foi apresentado e exibido logo em seguida. A sala assistiu sem grandes problemas. Como nossa atividade demorou um pouco para começar, restou pouco tempo para o debate.

Aberta a discussão, eu e Guilherme fizemos algumas falas pontuando os atos que estavam acontecendo em São Paulo e qual era a semelhança com os protestos mostrado no filme. Assim, seguido os relatos dos protestos de São Paulo e como a turma entendia a ação policial, foi feito um curto debate sobre repressão policial e o movimento social em questão que era o MPL.

Por fim, abrimos uma rodada de duvidas referente a produção audiovisual e/ou fotográfica que será realizada pelos estudantes.

Os oficineiros avaliaram que o atraso na atividade atrapalhou o debate final com os estudantes. Contudo, vamos tentar retomar o debate sobre o que foi exibido e as impressões que tiveram. Na semana seguinte foi realizado o provão e portanto não tivemos a oficina o que foi bom em nossa percepção, pois tiveram mais tempo de produzir o material que pedimos. No próximo encontro vamos fazer a leitura do material coletivamente e trabalhar com o fluxograma sobre o sistema de transporte coletivo capitalista.

Relato 23.05 – Gravação Podcast – Julia e Fernanda

Relato gravação podcast (1)

Relato Primeira Intervenção 3°A – Guilherme e Danielle – 22/05/2013

No dia 22 de maio realizamos a segunda etapa no projeto de intervenção promovido pelo PIBID em conjunto com a Escola Estadual “Profª Maria Aparecida Rodrigues”. A dupla que promoveu a oficina foi a mesma que atuou no dia 06 de abril de 2013, porém com algumas alterações. Na primeira intervenção contamos com a supervisão da Profª Marlene e atuamos com uma sala do terceiro ano do ensino médio noturno. Nesta intervenção contamos com a supervisão do Profº Guilherme e trabalhamos com uma sala do terceiro ano do ensino médio do período matutino.

A sala escolhida foi o 3º A. Esta sala possui algumas particularidades em relação aos outros “terceiros”. O 3º A possui bom rendimento escolar, boa parte dos alunos realizam atividades extraescolares (boa parte trabalham no período vespertino ou frequentam outro curso como ETEC ou curso de línguas), e são alunos ativos na vida escolar e política. Foi esta sala que promoveu o ato em favor da greve dos professores da rede pública estadual, realizado no dia 02 de maio, e que também estão envolvidos na formação do grêmio estudantil na escola. Alguns alunos acompanharam a greve dos professores e compareceram em algumas assembleias realizadas na Av. Paulista.

O Profº Guilherme já havia apresentado o conteúdo escolar para a matéria de sociologia sobre “Movimentos Sociais” desde o início das atividades do segundo bimestre. Essa intervenção do PIBID foi ministrada tendo como base a noção do conceito sobre “Movimentos Sociais” já apresentada pelo professor.

As aulas de sociologia do 3ª A são ministradas as quartas-feiras nas duas primeiras aulas, das 07h:10min às 08h:50min. Como nas aulas do período noturno, as aulas também são “dobradinhas”, ou seja, duas aulas seguidas. Ao chegar à sala, a aluna do PIBID – Danielle é apresentada ao grupo de estudantes. Em seguida falamos sobre o projeto e iniciamos as atividades. A aluna Danielle do PIBID entrega filipetas e propõe uma tarefa para os alunos: os alunos deveriam formar três grupos. Cada grupo recebe três filipetas com as identificações sobre: ESTADO, CIDADANIA e MOVIMENTOS SOCIAIS. O grupo deveria escrever em cada filipeta, palavras que remetem a cada um desses conceitos. Foi oferecido dez minutos para a execução da tarefa. Enquanto os alunos realizavam suas atividades, montávamos os equipamentos para a apresentação de algumas fotografias sobre o MPL – Movimento do Passe Livre. Desta vez não tivemos nenhum imprevisto e conseguimos, com sucesso, apresentar o conteúdo preparado para a aula.

Tempo esgotado e os alunos devolvem as filipetas para nós. Colamos as filipetas na lousa e escrevemos as palavras que os alunos apontaram como referência aos conceitos propostos. Ao colarmos as filipetas na lousa identificamos, novamente, a palavra CORRUPÇÃO em referência ao conceito de ESTADO. Todos os três grupos indicaram a mesma palavra. Portanto, para a maioria dos alunos, o Estado é sinônimo de corrupção, aquele que não cumpre com os deveres e direitos do cidadão. A palavra corrupção tornou-se importante para uma reflexão posterior sobre o conceito.

Com as filipetas coladas e as palavras escritas na lousa, começamos nossa explanação. A Danielle explana sobre o conceito de MOVIMENTOS SOCIAIS exemplificando os diversos movimentos existentes no Brasil. Foi apresentado aos alunos o MOVIMENTO PASSE LIVRE. A aluna do PIBID explana sobre a história e a atuação do movimento nas cidades. A seguir, falamos sobre o conceito de CIDADANIA e ESTADO. Articulamos as palavras CIDADANIA, DIREITO E MOVIMENTOS SOCIAIS, explanando cada conceito e exemplificando com fatos do cotidiano dos alunos.

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A participação dos alunos em sala foi ativa. Diversos questionamentos foram levantados, fazendo com que explanássemos sobre os conceitos de classe social e luta de classes de Karl Marx, e o conceito de Estado segundo Max Weber. Diversos alunos participaram da discussão mostrando interesse na oficina e comentando sobre suas experiências na atuação política.

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Propomos para a próxima aula uma tarefa para os alunos. Cada grupo deveria registrar por meio de fotografia, a trajetória destes entre a residência – trabalho – escola. Foi estipulado o limite de cinco fotografias para cada grupo. Essas fotografias serão apresentadas em sala de aula e discutidas de acordo com a proposta da intervenção. Indicamos, também, a criação de um vídeo sobre o trajeto realizado pelos alunos na cidade por meio do transporte coletivo para a última aula. Os alunos receberam a tarefa com empolgação e discutiram logo ao final da aula as ideias que poderiam estar nos vídeos. Esta oficina foi bem sucedida, sem imprevistos e com total participação dos alunos. Talvez por suas participações políticas nos últimos acontecimentos, principalmente a greve dos professores.